Acadêmicos de Medicina: conheçam a especialidade
Sabe-se que em alguns países, inclusive no Brasil, exames de laboratório são realizados por profissionais ”não médicos” da área da saúde, como farmacêuticos e biomédicos.
Construída em conjunto com a SBPC/ML (Sociedade de Especialidade), a Matriz de Competência é essencial para os programas de Residência por apresentar os requisitos mínimos de competências a serem adquiridas pelos profissionais ao longo do curso, a fim de manter o “padrão ouro” de qualidade na formação dos especialistas.
O que distingue os Patologistas Clínicos desses outros profissionais?
O Patologista Clínico é o profissional que tem o conhecimento necessário para uma comunicação bidirecional no mesmo nível que o médico solicitante. Porque possui a mesma formação médica, além de estar preparado para escolher a melhor metodologia, executar o exame, interpretar os resultados e esclarecer o médico solicitante quanto a resultados atípicos.
Essas atividades transformam o Patologista Clínico num valioso elemento de ligação entre aspectos físicos, químicos, biológicos e clínicos da medicina, tanto no atendimento ao paciente como aos colegas médicos.
A especialidade agrega um grande valor ao Patologista Clínico, na medida em que o capacita para discutir as implicações clínicas dos resultados e sugerir métodos propedêuticos alternativos para uma determinada situação, transformando-o num verdadeiro consultor do médico solicitante.
Funções e conhecimentos do médico Patologista Clínico:
As funções exercidas pelo médico Patologista Clínico são diversas, desde atividades administrativas, técnicas e de consultoria. A especialidade oferece subsídios para que ele tenha condições de:
- Planejar, organizar, coordenar e controlar as atividades dos colaboradores do laboratório.
- Executar e implementar procedimentos técnicos e administrativos do laboratório.
- Selecionar, desenvolver, avaliar e propor inovações técnicas.
- Participar na realização de estudos especiais e de investigação dentro da especialidade.
- A fisiologia, bioquímica, imunologia, química clínica, hematologia, microscopia clínica, microbiologia (que inclui a parasitologia, micologia e virologia) e a biologia molecular.
- Colheita de material biológico, medidas de segurança em saúde, preparo de reagentes, equipamentos e processos, controle de qualidade de processos.
- Atividades administrativas, informática em saúde, pesquisa e ensino.
Como surgiu a especialidade?
A Patologia Clínica/Medicina Laboratorial é uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
A implantação de Programa de Residência Médica em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial tem cerca de 25 anos e uma forma de acessá-la é através da Residência Médica em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial.
Oficialmente, a residência médica no Brasil teve seu reconhecimento como forma de treinamento e especialização médica em 1977, estando sob tutela do Ministério da Educação e Cultura desde então. A partir de sua organização, os programas de Residência Médica em Patologia Clínica / Medicina Laboratorial (RMPC/ML) passaram por diferentes modelos de regulamentação.
Em 2002, após ouvir as sociedades de todas as especialidades médicas, a CNRM publicou a Resolução 01/2002, fazendo alterações nos programas de residências médicas reconhecidos pelo MEC. Foram alterados os seguintes pontos de Residência Médica em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial:
- O acesso passou a ser direto na especialidade.
- Duração de 3 anos.
- O primeiro ano deverá ser cursado no ambiente de atenção direta ao paciente, enfermarias e ambulatórios de clínica médica, especialidades clínicas, urgências, ginecologia e obstetrícia e pediatria.
- Foi integrada ao programa a necessidade de oferta formal de informação e treinamento em epidemiologia, estatística, informática médica e gestão de laboratórios clínicos.
Mercado de trabalho
O profissional qualificado encontra excelentes oportunidades no mercado de trabalho, tanto em âmbito ambulatorial quanto nos hospitais espalhados pelo País. A tendência mundial de fusões que chegou ao Brasil não restringiu a ação do Patologista Clínico, pelo contrário, a Medicina Laboratorial cresce a cada ano com a ampliação das opções diagnósticas, permitindo ao profissional gabaritado, disseminar a informação, agregando valor ao exame e valorizando cada vez mais sua atividade.
Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial ou simplesmente TEPAC
Quem já concluiu Residência Médica em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial pode realizar prova para obter o Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial – TEPAC. Informe-se no link TEPAC sobre os Editais de cada ano.
Programa de Residência Médica
Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
Hospital das Clínicas
Av. Prof. Alfredo Balena, 110, 1° andar, ala Oeste, sala 150 - Santa Efigênia
30130-100 – Belo Horizonte – MG
COREME:
Tels.: (31) 3307-9394 ou 3307-9395
coreme.hcmg@ebserh.gov.br
Vagas:
R1 = 2
R2 = 2
R3 = 2
Contatos:
Prof. Silvana Maria Elói Santos (coordenadora)
Tel.: (31) 98736-1686
silvana.eloi@gmail.com
Prof. Leonardo de Souza Vasconcellos (preceptor)
Tels: (31) 99105-6929
leonardos_vasconcellos@yahoo.com.br