Associação Médica Peruana de Patologia Clínica discute métodos de diagnóstico e tratamento da doença, que só no Brasil, acomete cerca de 60 mil pessoas e mata 4,5 mil todos os anos, em Congresso Mundial de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial
A Associação Médica Peruana de Patologia Clínica (AMPPC) participou da 55ª edição do Congresso Brasileiro de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial com duas apresentações sobre diagnóstico e tratamento de tuberculose.
De acordo com o dr. Jorge Sosa, médico patologista e associado da AMPPC, foi em 2015 que a Organização Mundial de Saúde lançou uma estratégia para diagnóstico e tratamento de tuberculose mais consolidada. Mais tarde, no quinquênio 2018 - 2022, a meta era tratar 40 milhões de pessoas, o que se tornou impossível devido à pandemia da Covid-19. Dessa forma, os tratamentos conseguiram alcançar um pouco mais da metade do objetivo, e 26,3 milhões de pacientes receberam tratamento. Em sua exposição “Resistência antimicrobiana molecular de Mycobacterium tuberculosis”, na América Latina, Brasil, Peru e Colômbia são países com alta incidência de tuberculose.
O Brasil ainda tem o agravante de ter cerca de mil casos, todos os anos, que apresentam resistência ao tratamento. Por essa razão, há uma recomendação de priorizar testes de resistência a fluoroquinolonas e outros agentes, como a bedaquilina. Para a investigação de resistência a medicamentos contra a doença, é importante incluir indivíduos de todas as faixas etárias, bem como outras mostras clinicamente relevantes para o diagnóstico da tuberculose.
Na sequência, em sua apresentação, o dr. Juan Carlos Gomez, médico patologista, membro da AMPPC, tratou de diagnósticos moleculares de tuberculose pulmonar e extra-pulmonar. O especialista reforçou a ideia de que é o laboratório que deve comandar o diagnóstico e escolher quais os melhores métodos que deverão ser adotados caso a caso. A mesa foi coordenada pelo médico patologista e presidente da AMPCC, Luis Figeroa e Verónica Seija, do Uruguai.