O laboratório de coagulação agregando valor à prática clínica. Esse foi o tema da terceira e última Conferência Magna do 52° CBPC/ML. A palestra foi apresentada pelo médico norte-americano David Garcia e coordenada pelo patologista clínico e hematologista João Guerra.

Garcia apresentou alguns dados de estudos sobre o assunto e trouxe o que vem acontecendo na parte do laboratório de coagulação referente às drogas anticoagulantes – os anticoagulantes diretos. Também abordou o Point-of-Care Testing – Testes Laboratoriais Remotos (TLR).

Outro ponto destacado pelo norte-americano foi que o laboratório de coagulação vem se adaptando à nova tendência dessas medicações, que foram desenvolvidas para não ter controle laboratorial. Segundo o médico, hoje, na prática, o que temos visto é cada vez mais controle laboratorial dessas medicações.

Para o patologista clínico João Guerra, é importantíssima essa adaptação dos laboratórios. Ele explica que é necessário entender como que essas drogas agem no organismo do paciente (através do exame de sangue) e como o laboratório pode contribuir para a orientação, tanto do médico como do paciente, no controle dessas medicações.

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Texto: Patrícia Bernardo/DC Press

A mesa redonda “O laboratório agregando valor à clínica endocrinológica” é o tema da mesa redonda realizada na quarta-feira, 27, no 52º CBPC/ML, coordenada pelo patologista clínico por Marcelo Batista, com a participação de Luciana Alves – abordou os testes funcionais x ensaios ultrassensíveis -; a norte-americana Broke Katzman – falou sobre biotinas -; Alexandre Hohl – endocrinologista, falou sobre a visão do clínico. Marcelo Batista encerrou a atividade discorrendo sobre outros interferentes.

Em entrevista, após a palestra, o endocrinologista Alexandre Hohl, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), fala sobre a relação com a Patologia Clínica. Ele explicou, também, sobre a produção dos documentos em conjunto e o dia a dia dos dois especialistas.

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Entrevista: Cristina Dissat/DC Press

Foto: Celso Pupo/DC Press

Este é título da mesa redonda realizada na terça, 25, no 52º CBPC/ML, coordenada pelos patologistas clínico Celso Granato e João Renato Pinho e o virologista Luiz Tadeu Figueiredo, quando foram apresentados os panoramas da situação da chikungunya, dengue e febre amarela.

Os palestrantes abordaram a história dessas doenças no país, os números atualizados, os novos diagnósticos que vêm sendo pesquisados e a prevenção.

O coordenador da mesa, Celso Granato, explicou o porquê de o mosquito Aedes aegypti ser difícil de controlar. Segundo ele, a biologia do Aedes está muito próxima à da população, além de gostar muito do clima do Brasil.

O patologista clínico acredita que, apesar de nenhum país ainda ter conseguido eliminar esse vetor, é possível combatê-lo sim. Ele destaca que já há mecanismos, mas que ainda não são usados em larga escala.

“Os mosquitos transgênicos são uma opção e já são utilizados no Brasil. Eles são um tipo de mosquito defeituoso, que não procria, mas que compete com o macho pela fêmea. Isso ajuda na diminuição do Aedes. Além deles, a bactéria volbaquia também é uma alternativa. Ela é específica para eliminar insetos e não afeta o ser humano. Em alguns países já há estudos sobre ela”, afirmou.

Outro ponto importante abordado foi o papel do patologista clínico nesta questão. Granato comentou que, do ponto de vista clínico, essas doenças são muito parecidas, mas com evoluções diferentes – e isso dificulta em um diagnóstico final.

“Devido à dificuldade do clínico em diferenciar dengue, febre amarela e chikungunya, quanto mais informado e atualizado o patologista clínico estiver mais ele poderá ajudar. Há muita informação cruzada. É importante verificar com atenção não só o exame para determinada doença, mas também os demais, como hemograma, e apontar as características corretas para não prejudicar o diagnóstico”, concluiu.

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Texto: Patrícia Bernardo/DC Press

O ex-presidente da SBPC/ML Adagmar Andriolo foi o palestrante da primeira conferência magna do 52° CBPC/ML, na terça, 25. O patologista clínico apresentou o tema – Avanços laboratoriais no câncer de próstata -, no dia 25 de setembro.

A conferência foi iniciada com a apresentação do histórico do câncer de próstata, com ênfase na investigação da doença. Antes da introdução da dosagem do Antígeno Prostático Específico (PSA), o médico informou que o diagnóstico era feito através da apresentação de lesão óssea do paciente e o laboratório apenas confirmava o resultado pela medida das fosfatases alcalina, ácida, fração prostática e pela imuno-histoquímica. A grande maioria referia-se ao câncer agressivo.

Além do histórico, Andriolo também abordou os principais marcadores de análise, com destaque para o PSA. Apesar de ser o principal marcador, ele explicou que o PSA tem suas limitações. Detecção precoce, baixa especificidade, número excessivo de biópsias, dificuldade de diferenciar doença indolente de insolente são alguns dos valores clínicos questionáveis do marcador. O palestrante esclareceu que algumas condições – infecção urinária, ciclismo, hipismo, prostatite bacteriana – podem alterar os níveis de PSA e é importante o médico ficar atento.

Também foram destacadas as características do tPSA, PSA livre e PCA3 através de recentes estudos relacionados a esses marcadores.

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Texto: Patrícia Bernardo/DC Press

A cerimônia de abertura do 52° CBPC/ML foi marcada por muitos momentos especiais. A presidente do Congresso, Annelise Lopes, abriu a solenidade ao lado do presidente da SBPC/ML, Wilson Shcolnik. Com o auditório lotado, os participantes puderam se emocionar com as homenagens a importantes médicos da área e com a apresentação da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina.

Após a execução do hino nacional, os presidentes do Congresso e da SBPC/ML discursaram e deram início às homenagens ao patologista clínico e hematologista Luiz Gastão Mange Rosenfeld e ao patologista clínico João Nilson Zunino. O presidente da Sinlab Paraná, Carlos Aires, também recebeu uma placa das mãos do presidente da SBPC/ML.

Importância dos laboratórios

Durante seu discurso, o presidente da SBPC/ML agradeceu a presença de todos e comentou sobre as transformações da área e a renovação que a Sociedade está passando. O médico destacou a presença de uma liderança feminina na presidência do Congresso e enfatizou a importância da união dos patologistas para tornar os exames clínicos mais acessíveis.

Homenagem

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Atualizar conhecimentos

A presidente do 52º Congresso falou sobre o tema central e a programação do evento. A médica destacou que os congressistas terão a oportunidade de rever conceitos e atualizações em diagnóstico laboratorial, gestão, qualidade e diversos aspectos relacionados à medicina laboratorial, com abordagem voltada para entrega de valor, ética e segurança do paciente.

Show

Ao final da cerimônia, a Orquestra Sinfônica de Santa Catarina subiu ao palco para apresentar o Especial Queen. Muito empolgados, cantaram os maiores sucessos da banda e levantaram a plateia.

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Texto: Patrícia Bernanrdo/DC Press

Imagens: DC Press