Com novas tecnologias e auxílio de Inteligência Artificial, segmento avança continuamente na assistência ao paciente e Sociedade Médica tem o desafio de disseminar a educação científica e o desenvolvimento tecnológico e regulatório para todo o país

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) celebra 80 anos de uma trajetória significativa no desenvolvimento, manutenção e aprimoramento da medicina laboratorial no Brasil. Reforçando o presente e visualizando o futuro, a história da Sociedade, desde sua origem em 1944, tem acompanhado os avanços tecnológicos, as demandas de saúde pública, bem como tem sido pioneira na introdução de métodos revolucionários; desde a tecnologia analógica até os modernos métodos moleculares e a espectrometria em massa.

Alvaro Pulchinelli, presidente da SBPC/ML, destaca a inteligência artificial como parceira para os próximos anos. Ele explica que, no futuro, a medicina laboratorial estará profundamente integrada ao ecossistema da saúde, ajudando a resolver problemas diagnósticos com ajuda da inteligência artificial. "Essa é a perspectiva de uma nova abordagem que trará um conceito mais amplo do que a patologia clínica tradicional", enfatizou Pulchinelli, acrescentando que a SBPC/ML planeja se manter como referência na área, fortalecendo sua posição e disseminando conhecimento entre os profissionais.

O futuro previsto por Pulchinelli, também mantém os laboratórios como pioneiros na automação e no manejo de grandes volumes de dados, utilizando novas ferramentas para aprimorar suas práticas. De acordo com Pulchinelli, nos próximos anos, os patologistas clínicos irão se destacar ainda mais na interpretação e gestão de informações complexas, fortalecendo seu papel essencial na medicina diagnóstica. "O papel do patologista clínico é garantir a correlação eficaz entre dados clínicos e laboratoriais, utilizando os recursos diagnósticos de forma adequada para cada paciente. A SBPC/ML desempenha um papel fundamental nesse processo, influenciando a política clínica por meio da troca intensiva de conhecimento e informações com outras sociedades médicas", enfatizou.

É da SBPC/ML o papel de assumir o protagonismo no desenvolvimento e no avanço da medicina laboratorial no Brasil, "por meio da incorporação de novas tecnologias, expansão de exames, métodos de trabalho, remuneração, organização laboratorial, gestão e programa de garantia de qualidade PALC", realça o presidente da entidade. Além disso, está ativamente envolvida em discussões sobre a saúde pública, desde a validação e adoção de novas tecnologias, formulação de novas normas regulatórias por agências como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e a Agência Nacional de Saúde Suplementar, e colaborando de perto com o Ministério da Saúde, demonstrando dedicação às políticas de saúde do país.

Não à toa, o programa de qualidade da SBPC/ML de indicadores laboratoriais está presente em 350 laboratórios, assim como o Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC) está em quase 200 laboratórios, responsáveis por aproximadamente 65% dos exames processados no país. "O futuro da medicina laboratorial está sendo moldado pelo apoio na implantação de programas de qualidade, políticas públicas que aumentam o acesso aos exames laboratoriais e ações educativas, desde acadêmicos até nossos congressos, onde discutimos e apresentamos inovações na área", ressaltou Pulchinelli, acrescentando que, como sociedade científica, liderar, coordenar, envolver colegas e disseminar conhecimento é um dos nossos principais pilares.

Neste link, é possível conhecer melhor as áreas de atuação da patologia clínica e medicina laboratorial.