Está disponível a segunda edição, concluída em novembro de 2015, do Passo a passo para implantação da estimativa da taxa de filtração glomerular (eTFG) no Laboratório.

Elaborado pelos patologistas clínicos Adagmar Andriolo e Flavio Paes e Alcântara e pela nefrologista Gianna Mastroianni Kirsztajn, o documento apresenta atualizações em relação à edição anterior, de 2012.

 Segundo Flávio Alcântara, o novo documento apresenta 12 mudanças principais, mas ele destaca as mais importantes: recomendação de uso da fórmula CKD-EPI (e não mais a fórmula MDRD) como a primeira escolha e a ampliação da faixa relatável de até 60mL/min/1.73m² para até 90 mL/min/1,73m², no caso da CKD-EPI; as características de desempenho do método; e inserção da definição do diagnóstico laboratorial de Doença Renal Crônica (DRC).

Principais alterações:

1 – Inclusão de um item da definição atual da eTFG e de sua importância. Observação sobre a recomendação do Ministério da Saúde de 2014 para o relato automático da eTFG acompanhando o resultado de creatinina sérica.

2 – Recomendação da Fórmula CKD-EPI (e não mais a fórmula MDRD) como a primeira escolha. Essa fórmula é a recomendada pela Força Tarefa em Doenças Renais Crônicas (FT-DRC) IFCC-WASPaLM (International Federation of Clinical Chemistry/ World Association os Societies of Pathology and Laboratory Medicine), pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SNB) e, agora, também pelo Ministério da Saúde.

3 – Recomendação de relato de valores para as duas “raças” incluídas na fórmula, isto é, para negros e não negros (norte-americanos). Menção de outras “raças”, como japoneses ou chineses e fórmulas ou modificações associadas.

4-Ampliar a faixa relatável de até 60 mL/min/1.73m2 para até 90 mL/min/1.73m2, no caso da fórmula CKD-EPI.

5-Comentário explicativo acerca da superfície corporal média (1.73m2), que é a unidade do resultado da eTFG.

6-Qualidade dos testes de creatinina. Informação acerca das características de desempenho dos ensaios de creatinina (CV%, Bias % e Erro Total%), conforme recomendado pelo LWG-NIH e pela FT-DRC IFCC-WASPaLM.

7 – Adaptação dos valores de referência para adultos, incluindo novo estágio definido no KDIGO 2012 (estágio 3B).

8 – No tópico “quando não usar” foram incluídas grávidas.

9 – Sugestão de método para confirmação de resultados suspeitos/duvidosos de eTFG: Cistatina C.

10 – Mantida a sugestão de testes associados a Doença Renal Crônica (DRC): proteinúria ou albuminúria.

11 – Ressaltar de maneira mais assertiva o momento de encaminhar o paciente ao nefrologista.

12-Explicar a definição do diagnóstico laboratorial de Doenças Renais Crônicas.

 

A 2ª edição do Passo a passo para implantação da estimativa da taxa de filtração glomerular (eTFG) no Laboratório está em arquivo “pdf” no site da SBPC/ML, seção “Profissional”, seção Publicações Técnicas.