A SBPC/ML apoia e participa do manifesto de instituições de setores produtivos e de classes profissionais publicado nesta quarta-feira, 9, em diversos jornais de grande circulação, sobre a proposta de reforma do PIS/Cofins apresentada pelo Governo Federal.

Leia abaixo a íntegra do manifesto, que é assinado por entidades representativas de diversos setores da economia e de classes profissionais.   (Versão em “pdf” para imprimir)

PROPOSTA DE REFORMA DO PIS/COFINS PREOCUPA QUEM MAIS EMPREGA

A Reforma do PIS/COFINS está no topo da agenda prioritária do Governo para 2018. A área econômica tem anunciado que a proposta está pronta, mas, como em outras situações, não há transparência sobre seu alcance e conteúdo. O fato desperta a apreensão sobre possíveis impactos negativos no setor de Serviços, em plena fase de criação de empregos formais.

O recolhimento do PIS/COFINS pelo “regime cumulativo” é o mais compatível com as suas atividades intensivas em mão de obra. O “regime não cumulativo”, além do aumento previsto de alíquotas, resulta em maior complexidade e burocracia.

A aprovação de uma reforma mais abrangente do PIS/COFINS poderia ainda anular os esforços bem-sucedidos de combate à inflação, considerando seus reflexos no aumento de preços de produtos e serviços essenciais, como: saúde, educação, passagens, internet, jornais e revistas, telefonia, vigilância e mais uma gama de serviços consumidos pela população, pelas empresas e pelo próprio setor público.

Preocupa, ainda, a possibilidade de aumento generalizado de alíquotas para compensar a exclusão de ICMS e ISS da base de cálculo do PIS/COFINS, fruto de recente decisão do STF. Tal medida afetaria os resultados das empresas de Serviços, comprometendo investimentos e geração de empregos.

É fato que o Brasil vive um momento de recuperação econômica, após a maior recessão de sua história. Os Poderes Executivo e Legislativo aprovaram importantes avanços nesse sentido. É fundamental agora: centrar discussão no tamanho do Estado e em um modelo sustentável de Previdência.

Não há dúvidas sobre a necessidade de se discutir também uma reforma tributária no País, mas que tenha por real propósito, exclusivamente, a simplificação e a modernização do sistema tributário nacional.

Diante disso, entidades de diversos setores produtivos e de classes profissionais estão mobilizadas para conscientizar a população e a classe política sobre o tema, bem como abertas ao diálogo em torno de uma reforma tributária voltada ao desenvolvimento do País.

PARA O BRASIL CRESCER E GERAR EMPREGOS É PRECISO AFASTAR AS AMEAÇAS DE AUMENTO DE IMPOSTOS!