‘CARTA DOS MÉDICOS DO BRASIL À NAÇÃO’

Faz um ano, o Brasil registrava a primeira morte pelo vírus SARS-Cov-2, era março de 2020. Aos 9 de maio, marcávamos 10.000 vidas perdidas no embate com o novo coronavírus no país. Um mês após, mais um registro assustador: 1 milhão de infectados. Chegamos a 100.000 mortes em agosto de 2020 e a 200.000, cinco meses depois, em janeiro de 2021.

No último dia 12 de março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou o antiviral Remdesivir para o tratamento de pacientes hospitalizados acometidos pela COVID-19. Trata-se de um antiviral de largo espectro, inicialmente usado no tratamento do vírus ebola. Após estudos recentes, percebeu-se que ele pode ser usado para a COVID-19, pelas enfermidades terem semelhanças entre si.

As restrições para receber pacientes em hospitais, a transferência de leitos para o tratamento da COVID-19 e o medo de pacientes de procurar ajuda médica derrubaram o número de consultas, exames e cirurgias. Pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) e pela Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) revela que o descuido com a saúde aumentou durante o período de pandemia, tanto na prevenção com idas ao médico para acompanhamento das doenças e prevenção pelos exames laboratoriais, como pelos cuidados com uma vida mais saudável.