O 1º Congresso Virtual da SBPC/ML chegou ao seu último dia e, no encerramento, o presidente da entidade, Dr. Carlos Eduardo dos Santos Ferreira, comemorou a importante audiência de toda a comunidade médica e demais profissionais da saúde que o evento trouxe.

Foram mais de três mil inscritos no evento tanto do Brasil todo quanto de outros países, como Alemanha, Angola, Bolívia, Chile, China, Colômbia, Equador, Espanha, Estados Unidos, França, México, Moçambique, Peru, Portugal e Uruguai.

Os ganhadores do prêmio Dr. Evaldo Melo, com os trabalhos para os Temas Livres, foram o estudo “Avaliação laboratorial de cinco ensaios de anticorpos anti-SARS-CoV-2”, com autoria de Ana Paula Marques Aguirra da Silva, Vanessa Severo, Silvia Rodrigues, Denise dos Anjos Laurentis, Patricia Matsuo, Leticia Garcia, Eliane Rosseto e Cristóvão Mangueira.

Em segundo lugar ficou o “Cycle tresholds (Ct) dos genes alvos N1 e N2 no diagnóstico de SARS-CoV-2 como preditores de mortalidade em pacientes hospitalizados com COVID-19”, com autoria de Thalia Medeiros Tito Avelar, Cintia Fernandes, Fabiana Carvalho, Renan Faustino, Gleiser Tupinambá, Andrea Alice, Fábio Aguiar e Jorge Almeida.

Outra novidade foi a revelação da presidente do 54º Congresso da SBPC/ML, a Dra. Claudia Meira, que já anunciou a data e local do evento: de 7 a 10 de setembro, em São Paulo. A médica aproveitou a ocasião para convidar as pessoas que estavam logadas a participar deste, que será um evento presencial.

Ao final do evento, Dr. Carlos, Dra. Claudia e Dr. Leonardo, diretor da grade científica do 1º Congresso Virtual da SBPC/ML fizeram um brinde com votos de “que venham dias melhores”.

Houve ainda o sorteio dos exemplares do livro “Enriquecer faz bem à saúde”, de Francinaldo Gomes, com os seguintes ganhadores: Angela Yoshimi Hidaka, Bianca Arcaro Topazio, Carlos Ballarati, Fabiane Boccardi, Fátima Alban Riobo, Jacqueline Monteiro Martins, Karen Domingues Teixeira, Katyucha Samantha de Assis, Maria Aparecida Soares Murça e Michelle Helena de Araújo Ferreira.

A todos os participantes desse evento histórico o nosso muito obrigado. Acompanhe as notícias aqui no site e fique por dentro de todas as novidades sobre o 54º Congresso da SBPC/ML. Até lá!

A palestra magna do 1º Congresso Virtual da SBPC/ML sobre “Resposta imune ao SARS-CoV-2: o novo desafio para a saúde global”, com o Prof. Dr. PHD. Andrea Cossarizza foi bastante esperada. Cossarizza é professor catedrático de Patologia Geral e Imunologia da Universidade de Modena e Reggio Emilia desde 2010, tendo sido professor associado desde 1998. Andrea também é diretor da Escola de Especialização em Patologia Clínica e Bioquímica Clínica e vice-reitor da Faculdade de Medicina. Atual presidente da International Society for Advancement of Cytometry (ISAC).

Dr. Cossarizza, quando convidado pela Dra. Nydia Bacal para participar do 1º Congresso Virtual, conta que já esteve no Brasil algumas vezes, e relata que teve muita satisfação de conhecer alguns belos locais do país e conviver com pessoas alegres e gentis. Observamos que divide seu conhecimento com muita disponibilidade e está disponível para outros convites científicos, esperando que em breve possam ser presenciais.

O Dr. liderou com uma equipe o atendimento aos primeiros pacientes de COVID-19 no mundo e publicou uma série de estudos sobre a nova doença, a partir da observação de seus atendimentos e análises laboratoriais da imunidade humoral e celular desses doentes contribuindo para ajudar na compreensão da fisiopatologia dessa doença tão complexa.

Para ele, o principal desafio é entender o que faz alguns pacientes serem assintomáticos, enquanto outros desenvolvem a doença de forma tão grave. Quais seriam os mecanismos que fazem com que as crianças sejam poupadas? E qual o papel da imunidade?

Conforme o conhecimento da doença vem evoluindo, foram se identificando que o SARS-CoV-2 gera eventos patológicos diversos como a síndrome respiratória grave, que leva a falência múltipla de órgãos, assim como a baixa contagem de linfócitos (células de defesa do organismo) e a exaustão das células T (importantes linfócitos no sistema imunológico).

Segundo Cossarizza, o SARS-CoV-2 cria uma resposta imunológica bastante alterada. A COVID-19 muito semelhante a sepse catastrófica, com aspectos concomitantes de inibição, ativação e exaustão dos linfócitos responsáveis pela defesa celular e humoral (imunológica).

A hiperativação das células epiteliais e endoteliais podem ser estimuladas por infecções por este vírus que leva a hiperprodução da citocina (moléculas que participam da comunicação entre as células e desempenham um papel particularmente importante na regulação do sistema imunológico). Isso gera uma inflamação que chega às células no pulmão e outros tecidos. Essa inflamação também leva a uma coagulação anormal.

A tempestade de citocina, que ao serem produzidas em níveis muito elevados prejudicam o funcionamento de outros órgãos como coração, rim, pulmões. Muito similar à sepse (doença potencialmente grave, desencadeada por uma inflamação que se espalha pelo organismo pode levar a falência de múltiplos órgãos). “Infelizmente isso não estava claro no início da pandemia e por isso perdemos muito pacientes naquele momento”, lamentou Dr. Cossarizza.

Especialmente nos idosos, foi observado ainda, uma exaustão e ativação dos linfócitos, o que justificaria a forma mais grave da doença.

Compreender a resposta imune, bastante peculiar e exuberante, tanto na produção dos linfócitos (células T, B) como o alto nível de citocinas podem representar um potencial alvo terapêutico a ser estudado.

Se fizéssemos uma enquete hoje de pessoas de todo o mundo a opinião sobre a descoberta do momento, qual seria certamente contra uma resposta seria a vacinação hoje da vacina COVID-19. Isso não seria à toda, notícia que esperava, vistos.

Na palestra “A corrida por vacina para COVID-19: uma luz no fim do túnel”, parte da programação do 1º Congresso Virtual da SBPC/ML, a Dra. Lily Yin Weckx, professora associada da Disciplina de Infectologia Pediátrica do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Membro da Comissão Permanente de Assessoramento em Imunizações da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, trouxe várias respostas sobre isso.

A médica falou com a Organização Mundial de Candidatura (OMS), 13 de agosto que disse que vacinas de saúde16 estavam em desenvolvimento. Dessas, 29 já estavam nas fases I e II – que serão licenciadas, precisam III, ainda, pela fase passada, estão seis vacinas, entre elas a da Universidade de Oxford, em parceria com a AstraZeneca. Atualmente, seus estudos estão sendo enviados no Brasil, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

Recentes incidentes das fases I e II apontam que foram observadas nas pessoas, reações adversas de leves a medidas, e dor no local da aplicação de duas cabeças, dados febre, dor de cabeça com duração de um ou dias, que melhoraram com paracetamol .

Observar-se que na aplicação da segunda dose, as restrições muito.

“O dado mais relevante é a imunogenecidade, que mostra que há uma indução considerada de uma dose IGG contra o Spike. Ele já suscita uma resposta imune de IGG muito grandes e que melhora significativamente com uma segunda dose”, explicou a Dra.

Sobre os neutralizantes, note-se que com uma dose há um aumento entre 60 a 90% deles. Com a segunda, chegou a quase 10% nos diversos métodos. Também mostra uma produção de imunidade celular já com uma dose da vacina e que não modifica com duas doses.

Se os resultados das fases I e II mostram que a vacina é segura, não houve preocupações quanto à sua segurança. A reatogenecidade é aceitável, sem reação intensa, e houve indução tanto da imunidade humoral quanto celular. Tambémforço aumentará a resposta de aumento.

Sendo assim, o protocolo foi feito, por incluir uma segunda dose.

“Hoje, o esquema da duração é de duas doses, com intervalo entre elas. A faixa etária também foi aumentada, ou seja, todas as pessoas acima de 18 anos podem ser incluídas nos estudos da fase III, ainda recrutando profissionais da área de saúde e pessoas de alta exposição”, concluiu Lily Yin.

Quem não quer ganhar dinheiro sem ter que trabalhar? Esse é um sonho de consumo geral, sem sombra de dúvidas. Em sua palestra “Enriquecer faz bem à saúde”, realizada no 1º Congresso Virtual da SBPC/ML, o neurocirurgião e educador financeiro Dr. Francinaldo Gomes, mostrou como isso é possível e falou de sua própria experiência como médico e investidor.

O educador financeiro desenvolveu uma metodologia que deu o nome de Árvore da Riqueza.

“Uma maneira mais fácil das pessoas verem o processo de enriquecimento e estruturação”, explicou Dr. Francinaldo.

Segundo o especialista, um fator extremamente importante para ser rico é desenvolver a inteligência financeira. Para Dr. Francinaldo, é necessário entender que o dinheiro é um meio e não um fim.

“Dinheiro compra tempo, então quanto menos trabalhar, mais tempo para ficar com a família, amigos, cuidar da saúde e se aperfeiçoar na profissão”, afirmou Francinaldo.

Para ele, é necessário ter objetivo e meta de enriquecimento. O tempo é o grande multiplicador da riqueza.

Durante a palestra, Dr. Francinaldo explicou aos participantes do Congresso a importância de se ter planejamento financeiro, principalmente gastando menos do que se ganha e, assim, fazendo sobrar mais ativos para investimentos em ações, fundos imobiliários, aplicações bancárias e mercado de opções.

“Todos esses investimentos auxiliam no trajeto para alcançar a tão sonhada independência financeira”, explicou o Dr.

Exemplares do livro “Enriquecer faz bem à saúde” foram serão sorteados aos congressistas.

O Dr. Carlos Eduardo dos Santos Ferreira, presidente da SBPC/ML, apresentou uma palestra dedicada aos impactos que a COVID-19 tem no coração. Com o tema “Complicações sistêmicas da COVID-19 em pacientes cardiopata”, ele trouxe uma série de reflexões sobre a troponina.

Do ponto de vista clínico, o SARS-CoV-2 é uma doença que acomete pessoas com uma faixa etária mais alta, a partir da quinta década de vida, com doença cardiovascular prévia ou mesmo hipertensão. A sintomatologia e a mortalidade para elas são maiores em relação aos jovens.

Sobre a injúria cardiovascular, o médico explica que ela pode acometer os cardiomiocitos, causando desde hipertrofia, degeneração e até necrose.

“Para isso, temos alguns biomarcadores que podem ser úteis no segmento desse paciente, com destaque para o as troponinas T e I, o NT-proBNP e o BNP. A troponina é um biomarcador que eu gosto bastante. Ele pode ser importante marcador de prognóstico, mesmo para outras patologias”, explicou o Dr.

Qualquer acometimento, direto ou indireto do cardiomiocito, faz com que ocorra a liberação da troponina na corrente sanguínea.

“Os fatores são inúmeros. A partir do momento que temos essa injúria miocárdica causada por vários fatores, aqui colocaria a miocardite, a gente tem sinais de injúria miocárdica aguda. Quando o paciente mostra sinais de isquemia, aí ele está evoluindo para um quadro de infarto. Isso também pode ser evidenciado no curso da COVID-19”, afirmou o médico.

Segundo o especialista, o paciente pode ter o acometimento de miocardite com um quadro de extensão de cardiomiocito com certo grau de insuficiência cardíaca abrindo, então, um quadro de com infarto agudo do miocárdio. Por isso se faz importante a mensuração da troponina.

A respeito da síndrome coronariana aguda, Dr. Carlos afirma que se um paciente estiver evoluindo para um quadro de infarto do miocárdio, a troponina deve ser solicitada. Se for de alta sensibilidade, o intervalo deve ser de 0 e 1h, avaliando deltas de variação entre uma dosagem e outra. A avaliação de prognóstico também pode ser feita em outra patologia cardíaca, a principal delas no momento, a miocardite viral causada pelo Sars-CoV-2.

“Quem tem troponina alta morre mais, independente da patologia, isso é fato. É um marcador excelente de prognóstico. A maior mortalidade se caracteriza por pacientes com altos índices de troponina, entre eles os que estão hospitalizados”, comentou Carlos.

Sobre a retomada do exercício, na pós-COVID-19 em pacientes que testaram positivo e negativo, sendo sintomáticos ou assintomáticos, se coloca a utilização da troponina para a avaliação do retorno.

“É pedido repouso de 15 dias após término dos sintomas, o retorno precisa ser gradual, a dosagem de troponina avaliada, deve ser feita a avaliação do eletrocardiograma de acordo com o critério de retorno para atividade. Pacientes com alteração cardíaca de troponina durante a internação devem seguir os protocolos de retorno e de pacientes com miocardite”, finalizou o presidente