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Guilherme Hummel introduziu o tema Digital Self Care aos presentes
Na manhã do dia 27 de setembro, a Inovação em Medicina Diagnóstica foi tema do Fórum que encerrou as atividades do 53º CBPC/ML, realizado no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro.
Guilherme Hummel, Head Mentor do eHealth Mentor Institute (EMI), conduziu uma apresentação sobre Digital Self Care aos participantes. O especialista introduziu sua fala com a exibição de um vídeo, que mostrava ondas gigantes e as diferentes reações das pessoas. Numa analogia, reiterou que “nunca na história, o setor de saúde sofreu um impacto tecnológico tão grande” e recomendou “é preciso aprender a surfar”.
O especialista prevê que em cinco anos, 25% das relações médico-paciente serão remotas e até 2026 de 25 a 35% dos exames solicitados em consulta, serão coletados em até 40 minutos.
Hummel apresentou algumas tecnologias que serão responsáveis por viabilizar essas previsões do especialista, por exemplo, a teletriagem e a telemedicina.
“O paciente deve ser empoderado e o médico deve assumiu o papel de educador”, afirmou Guilherme.
Na sequência, o presidente da SBPC/ML convidou alguns representantes das maiores organizações de medicina diagnóstica do país para breves exposições sobre as iniciativas inovadoras que estão em curso em suas respectivas organizações.
O Dr. Roberto Santoro, Presidente do Grupo Hermes Pardini, foi responsável por abrir a segunda parte de exposições e reforçou a importância de viabilizar o acesso dos pacientes às tecnologias. Mais do que isso, afirmou ser imprescindível engajar os clientes, otimizar processos e capacitar os profissionais para lidar com todas as ferramentas. Santoro exaltou a medicina personalizada na área de genômica como a principal fonte de inovação do grupo que representa.
O Presidente do Grupo DB (Diagnósticos do Brasil), Dr. Antonio Fabron Jr., destacou uma iniciativa inovadora do grupo no setor de logística. Atualmente, a organização conta com o controle online de temperatura durante o transporte de amostras de exames, realizados em motos. O controle é disponibilizado ao cliente.
Cláudio Terra, Diretor de Inovação e Transformação Digital do Hospital Israelita Albert Einstein, citou algumas tecnologias disruptivas em saúde, como os Point Of Care Testing e como elas podem mudar o ciclo do cuidado. Sua apresentação teve foco no capital de risco e nos investimentos necessários para viabilizar a inovação. O especialista destacou que sua organização atualmente já é sócia de vinte startups, oferecendo uma gama de apoio extensa para essas organizações.
A Dra. Lídia Abdalla, Presidente do Grupo Sabin, aproveitou a ocasião para citar a criação de um HUB de inovação na sede do grupo em Brasília, com oito startups e duas incubadoras e da Amparo Saúde, um serviço voltado à atenção primária.
O Dr. Romeu Domingues, Presidente do Conselho de Administração da Dasa, trouxe o ponto de vista da medicina diagnóstica de imagem. Reiterou a necessidade de o setor se reinventar, com o objetivo e ser mais produtivo e oferecer mais qualidade nos laudos. O especialista citou que atualmente os resultados de exames dos pacientes considerados críticos, como por exemplo, positivo para diabetes, são encaminhados diretamente aos médicos, com consentimento do paciente, reduzindo as chances de não continuidade no processo de diagnóstico e tratamento.
O CEO do Grupo Fleury, Dr. Carlos Marinelli, exaltou a importância dos exames laboratoriais, que embasam 70% das decisões médicas no Brasil e previu que as tecnologias que não apresentarem atrito na transmissão de informações vão ganhar o mercado. Em sua organização a medicina personalizada de precisão é prioridade para aplicação de inovação.
Por fim, os especialistas das organizações se reuniram para responder sobre como os pequenos e médios laboratórios podem se utilizar da inovação.