Durante a Mesa Redonda “Evolução dos testes laboratoriais para COVID-19”, realizada no 2º Congresso Virtual da SBPC/ML, o Dr. Julio Croda iniciou dando um panorama geral do curso da vacinação no Brasil. Ele mencionou que antes se imaginava que para se chegar à imunidade de rebanho seria necessário que 70% da população estivesse vacinada. Hoje, percebe-se que se faz necessário que pelo menos 90% esteja.

Neste momento, observa-se predomínio da variante Delta na União Europeia e no Reino Unido, porém as taxas de óbitos não estão altas e ele atribui este fato à vacinação. Ele ressaltou, também, que ao longo da pandemia o Brasil foi um País muito afetado. No entanto, neste momento tem cerca de 65% da população vacinada com pelo menos uma dose, o que o equipara ao México e o coloca em melhor condição no panorama mundial. 

“Desde o início da emissão do boletim da Fiocruz, esse é o melhor cenário do País. Um estado apenas tem mais de 80% de taxa de ocupação de leitos. Somente dois estão em amarelo e os demais em verde. Isso se deu porque as vacinas funcionam e reduziram muito os óbitos”, explicou o médico. 

Ele finalizou a apresentação falando sobre a circulação da variante Delta em especial no Rio de Janeiro, apontando que o estado mostrará como será o comportamento dessa variante nos próximos dias e meses.

A Dra. Annelise Correa Wengerkievicz Lopes falou sobre a “Pesquisa de antígenos: desempenho e aplicabilidade”. São testes baseados na detecção de proteínas virais especificas e se aplicam a diagnóstico de infecção atual, em coleta nasal ou de nasofaringe.  

Os testes de antígeno às vezes são vistos com certo nível de reserva por conta de desvantagens, como a sensibilidade inferior ao RT-PCR. Outro ponto é a necessidade de uma amostra dedicada, em geral não podendo ser reutilizada para pesquisa de outros vírus ou sequenciamento viral.

“A vantagem é que tem baixo custo, resultado rápido e elevada especificidade, portanto um resultado positivo só deve ser confirmado se realmente não combina com o quadro clínico do paciente”, explicou Annelise. 

O Dr. João Renato Rebello Pinho palestrou sobre o “Testes moleculares e as novas variantes”, comentando sobre as Variantes de Interesse (VOI) e as Variantes de Preocupação (VOC). 

Ele explicou que “as variantes de preocupação reconhecidas atualmente são a Alfa, Beta, Gama e Delta, e o sequenciamento completo para o SARS-CoV-2 tradicionais é o método mais seguro para identificação”.  

O Dr. Celso Granato fez importantes apontamentos sobre os “Testes de resposta vacinal”, bem como a duração dos anticorpos neutralizantes após a infecção por COVID-19 que com base em estudos, é de pelo menos sete meses.  

O médico disse que um artigo da revista Nature mostrou que “para a pessoa vacinada e não doente, mesmo que seja realizado o teste de neutralização em cultura de célula, o nível é altamente preditivo de proteção imune. Isso será importante para avaliar, por exemplo, a comparação da eficácia da vacina Butanvac, tendo por base a produção de anticorpos neutralizantes”. 

Por fim, a Dra. Eliane Aparecida Rosseto Welter falou sobre os “Testes sorológicos e estratégias de testagem”, momento em que salientou que essas estratégias são basicamente as de pesquisa e epidemiologia na busca do correlato protetor imunológico, com o papel de marcador de proteção. 

“Entre os tipos de testes de anticorpos estão os de ligação, que se unem à proteína purificada e os de anticorpos neutralizantes, que avaliam a capacidade funcional. Entre os neutralizantes, existem diferentes tecnologias, como pseudovírus e os de neutralização competitiva, que são um substituto aprovado pelo FDA. Ele faz uma avaliação correspondente”, explicou a médica.

Ainda segundo a médica, hoje o desafio são as variantes de preocupação. Por fim, salientou que para a estratégia de testagem não existem diretrizes até o momento que recomendem após vacinação.

Na última quinta-feira (9/9), o Dr. Guilherme Birchal Collares mediou a mesa redonda “Novos desafios em inovação, pesquisa e desenvolvimento pós-pandemia”, durante o 2º Congresso Virtual da SBPC/ML.

O primeiro a falar foi o Dr. Alessandro Ferreira, que palestrou sobre as “Inovações em Laboratório de Apoio”, falando sobre a importância de se fazer o transporte adequado das amostras coletadas dos pacientes. De acordo com o médico, os desafios em saúde passam pela questão financeira, ou seja, se o paciente pode comprar o serviço em saúde e arcar com as despesas, e se a aplicabilidade de determinada tecnologia na saúde aposentará a tecnologia antiga. 

O médico salientou que o Brasil é vasto, com infraestrutura desigual entre estados e explicou, também, sobre a importância de o profissional de saúde ter uma boa formação e a capacidade de interpretar os procedimentos adequadamente.

“A coleta do paciente envolve educação e treinamento pelo profissional de saúde, pois são muitos itens que precisam ser levados em consideração, como o armazenamento das amostras, o tempo de estocagem para que não haja perda ou comprometimento na geração do resultado para interpretação médica”, finalizou Alessandro. 

O médico patologista clínico Dr. Cristóvão Luis P. Mangueira falou sobre “Inovações em laboratório hospitalar” e começou sua palestra falando sobre os diferenciais entre os laboratórios de hospital para os de rua. Ele salienta que esses Núcleos Técnico-hospitalares (NTC) obrigatoriamente precisam ter respostas rápidas para suportar a prática clínica dentro do hospital, por estarem diante de casos graves de doenças. Mas geralmente têm um portifólio de exames mais restrito, onde executam apenas exames importantes para os pacientes internados ou que estejam no pronto atendimento.  

“O laboratório também precisa preocupar-se em realizar o exame certo, na hora certa e no lugar certo, porque isso terá repercussão no modelo dos exames e precisa conversar muito bem com o corpo clínico do hospital”, destacou o médico.

De acordo com o especialista, não se pode esquecer que o hospital é propício para que se consolidem dados clínicos do paciente. Podem ser feitos quaisquer exames durante a internação e, por isso, o dado laboratorial pode ser mais rico, visto que é mais correlacionado com os dados clínicos do paciente.

“É importante que os hospitais tenham controle desse patrimônio de dados e a correta monetização desses dados para manter o sistema funcionando”, explicou Cristóvão.

Durante a mesa redonda, o biólogo Gustavo Stuani abordou sobre a “Inovação e resiliência pós-covid-19”. Gustavo destacou os ambientes de ruptura em virtude da pandemia, salientando que a primeira ruptura está relacionada à demanda, ou seja, os hospitais ficaram cheios, sem testes e as pessoas precisaram permanecer em isolamento. 

A segunda foi em relação a cadeia de suprimento. Apesar de os estoques de testes estarem cheios no início, não havia os específicos para covid-19 para processar. Além disso, existia a escassez de EPIs o que deixava o ambiente complexo.

A terceira ruptura está ligada ao ponto de vista psicológico. A ciência não tinha alcançado sobre as consequências da covid-19, assim os colaboradores de empresas enfrentavam o medo da perda de emprego e da morte. 

“Vimos grandes auditorias criando mapas de reestruturação, resiliência, também observamos a aceleração dos processos digitais, que era fundamental para a recuperação das operações. O caminho parece simples, mas ser digital não é fácil”, explicou o biólogo.

 

Embora tudo tenha sido muito rápido, há dificuldades em tomadas de decisões com base em tecnologias digitais e é muito difícil criar cenários futuros. Além disso, ser digital custa caro e existe o desafio em se mover das plataformas piloto para as escaláveis.

 

Por fim, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Dr. Gustavo Campana, palestrou acerca do tema “Investindo em Startups”. A inteligência artificial (AI) está cada vez mais auxiliando os médicos em diagnósticos e condutas terapêuticas. A internet das coisas e a captação de dados ou por mobile health vão ser estruturantes para usar ainda mais a IA, a fim de oferecer mais saúde para os pacientes. A telemedicina, por exemplo, é uma realidade e está deixando de ser uma tendência.  

Entre os tipos de inovação em saúde estão as tecnologias assistenciais, as novas drogas, os testes de diagnóstico de covid-19, o que foi extremamente importante, as devices medicals focadas em captação técnicas cirúrgicas e os softwares. 

“Quando falamos em startups trazemos o conceito de inovação aberta. A fechada se limita à corporação, ou seja, as ideias são internas e coloco os produtos e serviços provenientes delas no mercado. Já a aberta extrapola os limites da empresa, isso quer dizer que eu trago ideias externas e levo as internas em colaboração com startups e academias”, destacou Gustavo. 

De acordo com o vice-presidente da SBPC/ML, “o investimento em startups brasileiras amadureceu e cresceu muito nos últimos anos – quase 5.2 bilhões entre 2020 e 2021”. 

As 747 health techs existentes no País estão segmentadas em diversas áreas, entre elas a de telemedicina, farmacêutica, diagnostica, e cada vez a biotecnologia tem sido fundamental na inovação do setor de medicina laboratorial. 

O Dr. Gustavo concluiu sua apresentação mostrando que as startups com maior presença na área da saúde são as voltadas a Market Place, negócios de saúde, gestão e prontuário eletrônico, adesão terapêutica, conteúdo, IA e Big Data, farmacêutica e diagnostico.

A palestra Estratégias de análise para doença residual mínima (MRD) em leucemia linfóide B após imunoterapia/terapia-alvo do 2º Congresso Virtual da SBPC/ML – Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial com a Dra. Sindhu Cherian, presidente da Sociedade Internacional de Citometria Clínica (ICCS) e professora adjunta do laboratório de Patologia e Medicina Laboratorial da Universidade de Washington, em Seattle mostra a evolução dos diagnósticos nos tratamentos por imunoterapia em doenças malignas hematológicas.

A Dra. Nydya Strachman Bacal, patologista clínica e membro da SBPC/ML, faz parte do departamento de Patologia Clínica no Setor de Citometria de Fluxo do Hospital Israelita Albert Einstein, que agora em Setembro completa 30 anos em diagnóstico de leucemias agudas por essa metodologia, abriu a palestra lembrando como era identificar os anticorpos inicialmente indiretos e hoje mais facilmente diretamente contra a célula de interesse, e como a tecnologia vem avançando, a evolução de softwares que tem permitido uma melhoria significativa em todo o processo, assim como o uso do vários lasers, ampliando os painéis, hoje na rotina com 15 anticorpos monoclonais simultaneamente. 

A introdução de reagentes secos, que podem ser customizados por patologias especificas, e que só necessita pipetar a amostra, pois os reagentes já estão no tubo, e a possibilidade de fazer uma programação automatizada para triagem de doenças vão permitir, cada vez mais identificar com precisão os diagnósticos e tratamentos de diferentes patologias. 

Atualmente, o diagnóstico é mais rápido e preciso em leucemias, linfomas, neoplasias plasmocitárias e no monitoramento da doença residual mínima/mensurável com uma sensibilidade chegando até uma célula anômala em um milhão de células normais. 

Segundo a Dra. Sindhu Cherian, a citometria de fluxo estabeleceu seu valor como auxílio no diagnóstico e acompanhamento de pacientes imunodeficientes congênitos e adquiridos, como os portadores de HIV, por exemplo, auxilia na viabilização do transplante de medula óssea. 

A era apenas do diagnóstico é passado nessa metodologia, pois hoje auxilia no tratamento e no prognostico da doença pela mensuração da doença residual mínima/mensurável através de sistemas de sofisticação das análises. 

O foco da palestra foi o uso da Citometria para detecção de resíduos mínimos de doenças na leucemia linfoblastica B após terapia dirigida. Cherian comenta que as terapias modernas devem sempre combinar o tratamento convencional junto com a imunoterapia, pois esta última auxilia a terapêutica direcionando mais especificamente às células neoplásicas. 

As células neoplásticas (cancerosas) se transformam e adquirem mutações e podem ser reconhecidos pelos sistemas imunológicos que tem o objetivo de identificar essas alterações. Mas o câncer pode enganar o sistema imunológico. 

Por isso o uso da imunoterapia tem crescido, pois com a imunoterapia dirigida conseguimos identificar a MRD por citrometria de fluxo. E isso é importante, pois quanto menor os índices de DRM, maior a possibilidade de remissão da doença. 

Exemplificando na Leucemia Linfoblástica B, Dra. Cherian explica a importância do marcador CD-19, associado aos marcadores CD22 e/ou CD24 que permitem analisar após o uso do anti-CD19, a discriminação da doença residual através de gráficos bidirecionais consecutivos.

Para ela, algumas estratégias para aperfeiçoar os resultados da citometria são: ter conhecimento da gama de terapia dirigida em uso nos pacientes, fazer uma boa anamnese, esteja preparado para identificar situações alternativas como estudos moleculares, não deixar de usar mais de um reagente na identificação da população para identificar populações anormais com alta sensibilidade e a sua conclusão é de esperar pelo inesperado nessas situações após terapia celular. 

O uso de terapias dirigidas vai ter um impacto considerável na interpretação dos dados de citometria de fluxo e este será um campo de estudo permanente.

A palestra “Qualidade nos laboratórios clínicos” em tempo de pandemia do 2º Congresso Virtual da SBPC/ML – Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial mostrou como o sistema de gestão da qualidade dos laboratórios foi fundamental no enfrentamento da pandemia do novo Coronavírus, assim como irá apoiar a genotipagem das novas cepas do SARS-CoV-2.

A gestora de pesquisas e desenvolvimento da Controllab, Jéssica Gomes, falou um pouco sobre o ensaio de proficiência para covid-19, que envolveu 124 laboratórios e verificou o desempenho analítico dos novos testes de identificação do SARS-CoV-2 que chegavam ao mercado, com o intuito de ter o menor erro analítico possível.

Ela lembra que foi preciso implementar os novos processos ainda sem todas as repostas em função da urgência. Ainda assim, o projeto da Controllab, em parceria com a SBPC/ML, foi acreditado pelo INMETRO como única certificadora do mundo dos exames laboratoriais destinados ao SARS-CoV-2. O projeto envolveu os três grandes grupos de exames: as técnicas moleculares (onde se encontra o padrão ouro, o RT-PCR), os imunológicos automatizados e os testes laboratoriais remotos. 

Em todos eles, os laboratórios apresentaram um excelente desempenho e todos os métodos observaram concordância com percentual de 100% e mais de 80% de adequação ao resultado.  

Em breve, a iniciativa vai lançar ainda o relatório dos exames de genotipagem do vírus, para avaliação das novas cepas, mas o bom desempenho dos laboratórios até o momento deixa a pesquisadora otimista em relação ao desempenho destes nesta nova etapa. 

A médica patologista, presidente do 2º Congresso Virtual da SBPC/ML e superintendente de qualidade segurança da Dasa, Claudia Meira, contou sobre os aprendizados e contribuições da gestão de riscos na pandemia. Para ela, o maior desafio foi a imprevisibilidade do SARS-CoV-2, ao mesmo tempo em que as decisões estratégicas não podiam ser individualizadas, mas de todo o setor.

Foi preciso reavaliar todo o cenário de equipamentos, suprimentos e conciliar com novos treinamentos constantes dos times de atendimento, novos protocolos segurança, novos fluxos de trabalho, novos exames, alta demanda, afastamento do time por doenças, além da própria gestão de risco e segurança do paciente. “Sem dúvida, o papel dos laboratórios foi de muito protagonismo nesta pandemia”, conclui. 

Para a biomédica e auditora PALC, Amanda Almeida Fernandes, os laboratórios clínicos foram os atores principais na pandemia, pois sem o RT-PCR não se saberia o destino do paciente e como gerenciar os riscos envolvidos. 

Ela comentou sobre a coleta biológica em ambientes diversos e a necessidade de adaptações que precisaram fazer em curto período, como reservar unidades exclusivas para coleta de covid-19, em função da demanda e para dar segurança aos outros pacientes acometidos por outras patologias, principalmente para os que integram o grupo de risco da doença. 

Foram criados ainda os modelos drive thru, coleta domiciliar, coleta de paciente com assistência domiciliar (com desospitalização precoce) e coletas empresariais. Além de precisarem implementar o a aumento do protocolo de limpeza, desinfecção e higienização, aumento do quadro do time de higienização e limpeza, a redução e controle de acompanhantes dentro das unidades – limitado apenas aos acompanhantes previstos em lei. 

Por fim, o médico especializado em patologia clínica, diretor Administrativo de Expansão do Grupo Sabin e diretor de Acreditação e Qualidade da SBPC/ML, Guilherme Ferreira de Oliveira, apresentou sobre os impactos da pandemia no PALC – Programa de Acreditação do Laboratórios Clínicos da SBPC/ML.

Em 11 de março quando a OMS declarou a covid-19 como uma pandemia, o maior desafio do século 21, o PALC também precisou transformar todas as suas atividades para o modelo virtual, mas não parou: fez auditorias remotas, remodelou processos, acreditou novos laboratórios e manteve o reconhecimento internacional pela IsQUA.

O foco foi manter o cuidado com as pessoas – tanto auditores e equipe PALC quanto os clientes – mas manter o programa vivo.

Em 13 de novembro de 2020 foi lançada ainda a sétima versão da Norma PALC. Oliveira é enfático ao concluir que os laboratórios acreditados responderam melhor à pandemia, o que reforça a importância do setor de qualidade na pandemia e como a qualidade auxiliou na organização da resposta adequada no momento de crise, padronização de novas rotinas e validação de novos métodos necessários para o enfrentamento da pandemia

A cerimônia de abertura do 2º Congresso Virtual da SBPC/ML foi marcante. O show deste ano ficou por conta do Trio Amadeus, grupo de Belo Horizonte, que fez uma bela apresentação do Hino Nacional Brasileiro. Após a apresentação musical, o presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Dr. Carlos Eduardo dos Santos Ferreira, cumprimentou os presentes e parceiros e lamentou a morte dos que se foram devido, especialmente, o acometimento da COVID-19.

A seguir, ele resumiu todo o esforço da SBPC/ML ao longo do ano a fim de discutir e entender as nuances do SARS-CoV-2 por meio da participação da entidade em eventos, presença na mídia, na criação de seu podcast Papo de Laboratório, relacionamentos com órgãos reguladores, que é um trabalho executado por toda a diretoria da instituição, bem como seu conselho de ex-presidentes, associados e colaboradores.

Ele citou, também, a intensa participação da SBPC/ML em relação aos apontamentos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acerca das Consultas Públicas RDC 911, 912 e a revisão da 902, a qual aguarda-se a avaliação.

O presidente agradeceu, também, as Diretorias de Ensino, Comunicação e Marketing, Acreditação e Qualidade, Administrativa e Financeira, ao vice-presidente da instituição pelo empenho de todos. Ele também deixou uma mensagem de carinho ao saudoso Dr. Ismar Venâncio Barbosa, Membro Emérito da SBPC/ML, que faleceu recentemente, salientando a atenção e elegância do médico, que por muitas vezes carregava, em seus ternos, o botton da entidade.

A Dra. Claudia Meira, presidente do 2º Congresso Virtual da SBPC/ML disse que, mais uma vez, a entidade está inovando, por trazer um ótimo conteúdo científico, startups e palestrantes internacionais para o evento.

Ela agradeceu a instituição pela confiança pela responsabilidade de capitanear o congresso, e frisou que essa mesma responsabilidade é regada de outras excelentes qualidades as quais ela tem desfrutado atualmente, como o amor, gratidão e amizade.

Segundo a médica, no ano passado, mesmo com tantas perdas, a Patologia Clínica conquistou um grande reconhecimento. Foram realizadas muitas lives, a inteligência artificial foi um diferencial, além das inovações. Aliás, os desafios e as inovações persistem e nesse congresso os participantes poderão ver como elas podem melhorar a Medicina Diagnóstica, bem como as condições dos pacientes.

O coordenador da Comissão Científica do congresso, Dr. Leonardo Vasconcellos, ressaltou a íntima relação entre a tecnologia e a Medicina Laboratorial e agradeceu a indústria, que ofereceu cerca de 23 workshops para o evento, falou da melhoria na interação dos estandes virtuais, citou a realização dos 15 Cursos Pré-Congressos e dos 15 Encontros com Especialistas, e mencionou que serão realizadas, ao longo dos dias, 18 mesas redondas. O evento trará cerca de 128 palestrantes, entre eles três internacionais que ministração as Magnas. E falou sobre as novidades, entre elas os Concursos de Fotografia, de Aulas Acadêmicas, e o Pitch Startup.

Durante a apresentação da mesa julgadora do congresso, composta pelos Drs. Carlos Eduardo, Leonardo, Claudia, Marinês Dalla Valle Martino – coordenadora executiva do 2º Congresso Virtual da SBPC/ML, e Silvana Maria Eloi Santos – coordenadora da Comissão de Julgamento dos Temas Livres do 2º Congresso Virtual da SBPC/ML. A Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) Maria Elizabeth Menezes salientou que o 2º Congresso da SBPC/ML é um marco na Medicina Laboratorial por sua temática e desejou um ótimo evento a todos.

Já a Dra. Natasha Slhessarenko, conselheira do Conselho Regional de Medicina (CRM), explicou que o conselho tem se mantido firme sobre as condições do trabalho médico, na defesa da ciência e na autonomia dos profissionais, sempre no foco com o paciente. Também apoia totalmente a imunização em massa, pois é o que ajudará a sociedade a sair mais rapidamente da pandemia. Ela disse, também, que o aumento da cobertura vacinal de outras doenças é outra preocupação do CRM.

Ao falar de transformação digital, ressaltou a telemedicina, que se consolidou em 2020 e surgiu como um espaço de interação entre médico e paciente. Sobre esse tema, o CRM tem ouvido os médicos, por isso a importância de se responder a pesquisa que o conselho enviou por e-mail aos profissionais para que consigamos fazer uma resolução que contemple a todos. A médica aproveitou a oportunidade para homenagear as pessoas que se foram pela COVID-19, além de saudar o querido Dr. Ismar. Por fim, desejou um excelente congresso aos participantes e mencionou a importância de todos continuarem se cuidando por usar máscaras e evitar aglomerações, para todos que saiamos dessa pandemia seres humanos melhores.

Finalizando as falas dos componentes da mesa, o Dr. Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de ex-presidentes da SBPC/ML, anunciou os novos Membros Eméritos da entidade. São eles: Ângela Maria Rodrigues Dantas, Celso Ricardo Theoto Pereira da Fonseca, Dilza Lopes de Albuquerque, Ecila Soares Abrão, Fernando Mauro Furtado Coutinho, João Batista Luna Filho, Jorge de Souza Holanda, Jorge Luiz Fernando de Menezes, Lucia Maria de Oliveira, Mario Bonffito, Mario José Carneiro Felippe dos Santos e Regina Maria Loda.

A seguir, o Dr. Eduardo Emery foi convidado para homenagear o grande amigo Dr. Ismar, com quem teve a oportunidade de cursar medicina e viver muitos momentos marcantes ao longo da vida. 

Muito emocionado, deixou seu afeto à filha do Dr. Ismar, a Luciana, que carinhosamente o chama de tio. Ele finalizou sua fala citando a obra de Santo Agostinho “A morte não é nada”.

Como anualmente ocorre, foi realizado o lançamento do livro “Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML)”, com o título “Boas Práticas em Laboratório Clínico”, desta vez na versão em espanhol”, anunciado pelo Dr. Nairo M. Sumita, diretor regional sudeste da SBPC/ML.

A versão espanhola se dez necessária em razão da grande repercussão da publicação em português e para atender às inúmeras solicitações de acesso por médicos da América Latina. A publicação já está disponível em formatos PDF e e-book no site http://www.sbpc.org.br/ em “Biblioteca Digital”. 

O 2º Congresso Virtual da SBPC/ML será realizado até o dia 11 de setembro. Para mais informações, acesse o site https://congressovirtualsbpcml.eventslab.com.br/.