Os temas mais atuais e relevantes sobre as práticas laboratoriais serão abordados na mesa " Desafios Laboratoriais nas Infecções Fúngicas durante o 54º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial, que ocorre essa semana em Florianópolis, Santa Catarina. O presidente da mesa, Doutor João Nóbrega de Almeida Júnior, infectologista e pesquisador, falou das diferenças do BrCAST em relação ao CLSI.

As micoses endêmicas, como Histoplasmose e Esporotricose podem ter diagnóstico complexo que hoje é facilitado por novas técnicas como ensaios imunoenzimáticos para detecção de antígenos e anticorpos.

Candida auris é um patógeno emergente e potencialmente multirresistente. Os primeiros casos no Brasil são recentes e o laboratório clínico tem que estar preparado para identificar o microrganismo. 

Entre os diferentes temas relacionados ao diagnóstico das Infecções Fúngicas Invasivas, a mesa " Desafios Laboratoriais nas Infecções Fúngicas" abordará alguns temas atuais e relevantes à prática da medicina laboratorial.

O Brasil tem como padronização para os testes de suscetibilidade o BrCAST. Não apenas para bactérias, mas também para fungos. Existem algumas diferenças do BrCAST em relação ao CLSI e serão abordadas na aula. 

As micoses endêmicas como Histoplasmose e Esporotricose podem ter diagnóstico complexo que hoje é facilitado por novas técnicas como ensaios imunoenzimáticos para detecção de antígenos e anticorpos. 

Candida auris é um patógeno emergente e potencialmente multiresistente. Os primeiros casos no Brasil são recentes e o laboratório clínico tem que estar preparado para identificar o microrganismo. 

Aspergilose invasiva não é restrita a pacientes neutropênicos e o isolamento de Aspergillus em amostras respiratórias pode ser crítico para o diagnóstico precoce da doença. 

“A atuação do Ministério da Saúde no fomento à integridade e no combate à fraude e corrupção” foi tema da palestra do primeiro dia do 54º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, realizado em Florianópolis ao longo desta semana. 

Na ocasião, a Dra. Carolina Palhares, diretora de Integridade do Ministério da Saúde (MS), e Dr. Alvaro Pulchinelli, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), falaram não só sobre a segurança do paciente, mas da preocupação com a integridade dos processos na saúde de modo geral.

A Dra. Carolina mencionou que o Ministério da Saúde vem desenvolvendo uma série de programas ligados à segurança, semelhante aos princípios de compliance e a confiabilidade do sistema de saúde como um todo. Ela falou não somente sobre a segurança do paciente, mas abordou acerca da segurança do sistema de saúde como um todo, no que diz respeito às más práticas e fraude.

A Dra. fez um panorama geral de como começa a segurança no paciente e de que maneira ela evolui até o sistema de saúde, visando evitar desperdício, desvio e corrupção, ou seja, apresentou um macro conceito de compliance aplicado a um sistema de saúde pública que provavelmente poderá se estender ao setor privado.

A conferência “Aplicações práticas da Gênômica e da Bioinformática no contexto clínico-laboratorial”, realizada no 54º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (CBPC/ML), das 17h às 17h45, nesta terça-feira (4), em Florianópolis, foi apresentada pelo Dr. João Bosco de Oliveira Filho, médico-cientista com mais de 10 anos de experiência em genética e imunologia, e pela Dra. Tatiana Ferreira de Almeida, médica geneticista do Hospital Israelita Albert Einstein.

A sessão expôs as diversas aplicações da genômica, ramo da genética que estuda o genoma completo de organismos, em diversas áreas da medicina atual, a serviço tanto em busca do melhor diagnóstico, quanto da prevenção.

“A genômica tem ajudado a tratar pacientes com câncer por meio do estudo detalhado dos tecidos e, assim, definir qual é a melhor droga para ser prescrita àquele tumor específico, com suas alterações genéticas peculiares”, destaca o Dr. João Bosco.

Também foi apresentado o uso da genômica complementado por ferramentas modernas para um diagnóstico rápido. O sequenciamento do genoma completo, o exoma completo, pode ajudar a encurtar a odisseia diagnóstica de pacientes com doenças raras, graves e difíceis. Uma odisseia diagnóstica se refere a uma jornada diagnóstica que está atrasada, pausada ou chegou a um impasse. 

“Com o genoma completo, doenças que levariam de 5 a 7 anos para serem diagnosticadas já podem ser identificadas em algumas semanas”, revela Dr. Bosco.

Outro uso da genômica abordado na palestra foi na área de medicina reprodutiva. A análise das informações durante a gestação de um bebê acusa se há alguma doença cromossomal, como síndrome de down. É possível diagnosticar esse tipo de alteração no feto ainda dentro do útero, por meio de um exame de sangue. A genômica pode, também, ser utilizada na fertilização in vitro para triar o embrião mais saudável e, assim, aumentar consideravelmente as chances de sucesso de uma gestação.

Adicionalmente, foram apresentados os benefícios da farmacogenômica, ramo da farmacologia que estuda como os genes herdados afetam a forma de resposta aos medicamentos pelo organismo humano. Nesse contexto, “a genômica auxilia a potencializar os genes metabolizadores de remédios, com o intuito de ajustar precisamente a dose de medicamentos, ou, ainda, identificar drogas que podem causar efeitos colaterais e adversos graves”.

Por fim, a genômica a serviço da prevenção consiste no estudo dos genes de um indivíduo a ponto de identificar se possuímos um risco maior, diferente da população em geral, para algumas doenças graves, como câncer, distúrbios cardiovasculares e aneurismas. Assim, é possível prescrever cuidados preventivos específicos, baseados no risco pessoal de cada paciente.

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) tem o prazer de anunciar que Érico Bandeira Veríssimo, João Nóbrega de Almeida Jr., Leandro da Silva Fernandes e Luiz Gustavo Ferreira Côrtes foram aprovados na prova do Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (TEPAC 2022), realizada no dia 3 de outubro de 2022, no CentroSul, Centro de Convenções em Florianópolis. Parabéns a todos!

Já estão disponíveis os temas das três Palestras Magnas que serão apresentadas no 54º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (CBPC/ML), nos dias 4, 5 e 6 de outubro de 2022, no CentroSul - Centro de Convenções de Florianópolis, em Santa Catarina.

No dia 4/10, o tema será “Atenção à Saúde Baseada em Valor: mas de qual valor estamos falando?”, ministrado por Marcia Makdisse, médica, Mestre em Cardiologia, PhD em Medicina, MBA em Gestão da Saúde, Certificação Green Belt em VBHC e Mestre em Transformação de Sistema de Saúde (Master of Science in Health Care Transformation) pelo Value Institute for Health and Care da Universidade do Texas em Austin, USA.

Em 5/10, a palestra será “Como a inteligência artificial pode ajudar no diagnóstico em hematologia e onde estamos e até onde podemos ir?”, apresentado por Wolfgang Kern, fundador e CFO da Münchner Leukämie Labor GmbH.

Já em 6/10, o assunto é “História humana pelas pandemias e endemias: COVID-19, Varíola símia e o que mais?” e será ministrado por Stefan Cunha Ujvari, médico infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, graduado e pós-graduado pela Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo.

Para saber todos os detalhes das palestras e efetuar a inscrição é necessário acessar o site oficial do evento: http://www.cbpcml.org.br/ .